Minha mãe, a maior paremióloga que jamais conheci, gostava de repetir 'Quem beija meus filhos minha boca adoça'. Isso ela já dizia antes do Dante e isso ela repetia já com o Dante, mesmo sabendo, ou exatamente por causa disso, que se dependesse da família mais próxima, mesmo a paterna, meus lábios nem de longe chegariam à doçura dos da Iracema, aquela virgem tabajara que lavava seus cabelos na Bica de Ipu.
E o provérbio é certíssimo. Sei disso graças a pessoas como a Isabela.
Foi a segunda visita. Na primeira descemos para a piscina; nesta, para a pracinha. Lá, umas velhinhas fofoqueiras, do bem, queriam saber quem era aquela moça que balançava o Dante. Quando lhes expliquei tudinho, detalhes e depois pormenores, elas ficam boquiabertíssimas, só a segunda vez, como ele gosta dela.
Na volta a Isabela, doida, ainda colocou-o na cacunda, ele gargalhando e desprezando mesmo as rotinas a que se aferra quando volta só comigo: a pedrinha no portão do cachorro, a parada na casa para ver o pisca-pisca, o eventual agarrar-se a uma grade. Que são cachorro, pisca-pisca, grade, quando se tem uma carona dessas.
1 comment:
Tão linda a última foto: Dante, Isabela e a calça blue jeans...
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