Thursday, March 31, 2016

O Legado de Nilton Bravo ::: Pinturas em Botequins Cariocas Pt. I

Deco ::: Paquetá


Dia desses encontrei em Paquetá, no Bar Cerqueirão para ser mais sincero e preciso, uma grande pintura a óleo que, à sua maneira, perpetua a tradição de Nilton Bravo, menos pelo estilo do que pelas dimensões, localização espacial e mesmo a assinatura com o telefone. Andando pela ilha vislumbrei rapidamente em um restaurante outras pinturas desse artista.

Se encontrar novas velhas pinturas do Bravo vem-se revelando quase que impossível depois do inventário que fiz aqui, ao menos fica o contentamento de ver vivo o seu legado.

Antigamente os botequins não prescindiam de telas ou afrescos a óleo. Hoje as paredes parecem reservadas quase que exclusivamente para as feiosas geladeiras e cartazes de propagandas. Antigamente os botequins não tinham televisão como têm hoje, de modo que o cliente entorpecido podia perder-se nas paisagens escapistas das pinturas (como 'descrevi' neste soneto aqui). Ou, claro, conversar.

Do pintor Façanha no Flor do Tâmega já escrevi aqui. Da Capela Sistina / Mosteiro de Rila dos botequins cariocas, aqui.

Este post reúne apenas alguns achados que insistem em perpetuar a tradição de Nilton Bravo e, assim, remar contra a uglification of the world.

No botequim em Santos (epa, não é carioca), há mesmo, além da grande tela horizontal, uma outra, de formato quadrado, com temática... de contos de fadas, cousa no mínimo curiosa se lembrarmos que são os botequins universos predominantemente masculinos.

Percebem que no título coloquei 'parte um'. A próxima postagem, já engatilhada, será, à maneira de Rosa, 'parte três', para me obrigar fazer a segunda parte. E oxalá esta postagem tenha ainda muitas e muitas partes.

idem

ibidem

Mais Deco

F. Damasceno :: Catumbi

Luiz Romão :: Santos




Wednesday, March 30, 2016

Tem grafite na cerveja artesanal



Talvez você nunca tenha ouvido falar em Marcelo Ment, mas não é improvável que seus olhos já tenham se demorado um pedaço em alguma de suas lindas obras espalhadas pelas paredes da cidade.

Na primeira vez que vi uma das moças (que ele chama de 'bonecas') deste carioca de quase 40 anos, tive daqueles alumbramentos bandeirianos :: eu estava na rua atrás de dois paineis dos Igrejas e, de súbito, a psicodelia colorindo a Vila. Eu vi os céus.

Por sorte há um seu trabalho no muros do colégio onde trabalho.

E por mais sorte quatro rótulos das artesanais da Motim Brew estampam trabalhos seus. Outro dia no Bar da Frente, antes de cair de boca na jambalaya, pedi a saison Canudos, sem saber, e a surpresa boa. Não precisei nem caçar os créditos. Seu estilo é inconfundível. 

As outras três cervejas são a 18 do Forte (uma IPA com centeio), a Hell de Janeiro e a Raizes. E oxalá vire moda usar arte de grafite carioca nos rótulos das birras artesanais.

Vila


Jardim Botânico


Monday, March 28, 2016

Três Mosaicos de Pastilhas Cariocas

Copacabana

 Bem, se a postagem anterior foi com três mosaicos de pastilhas paulistanos (aqui), acho justo enfim recolher o pequeno material que tenho sobre mosaicos cariocas. Verdade que, há cerca de ano e meio postei sobre os excepcionais pisos da Igreja de Santo Afonso, na Tijuca (ver aqui).

Ora privilegio os mosaicos figurativos, dois na Zona Sul e outro no bairro de Vasco da Gama. Depois será bom postar algo com mosaicos abstratos, em que não poderá faltar o nome de Paulo Werneck...

idem

Leblon

idem

Antigo prédio da EBA - Vasco da Gama

idem

Friday, March 25, 2016

Três Mosaicos de Pastilhas em São Paulo

Ipiranga

Em andagens recentes pelo bairro do Ipiranga (aquele mesmo em cujas margens etc.) encontro este belo painel de pastilhas em uma casa. Casa casa mesmo, como Camila e eu costumamos dizer, "casinha de gente". Em outras palavras, não convertida ainda em estabelecimento comercial. Assina-o, no canto inferior esquerdo, um Navarro.

Aproveito o ensejo para postar outros dois lindos mosaicos paulistas que registrei há uns três anos. O primeiro é de Karl Plattner (até recente achava que era do Livio Abramo, mas não: o do Livio é apenas este aqui) e esconde-se na  Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, no bairro do Morumbi. O outro é de Santos.

Difícil escolher preferido. Decido-me por um até voltar os olhos para o outro. O de Santos chega a causar ilusão de ótica.



Lívio Abramo





Santos


Wednesday, March 23, 2016

Engenho de Dentro ::: Botequins



Agora que tenho minha camisa do Engenho de Dentro Atlético Clube, legítimo campeão carioca de 1925, sinto-me à vontade para coligir algumas fotos de botequins do bairro. Trabalho, aliás, feito com carinho, uma vez que foi o Bar Sepulta Carnaval, com seus bela coleção de escudos dos clubes cariocas (vejam lá o Madureira, o São Cristóvão, o Olaria!) um dos primeiros deste meu projeto de registrar botequins antigos da cidade (para ver o que me interessa nos botecos, ver aqui).

Falta o nome de dois. O de azulejos azuis e brancos com o escudo do Vasco visitei-o a caminho do show histórico do Roger Waters no Engenhão. Estava por lá, não lembro se era o dono, Batata, ex-jogador do Botafogo.

O Esquina de Ouro é uma joia. O Diacuí, com seu afresco de índia chorosa, idem.

PS: Sepulta Carnaval não será o nome verdadeiro do botequim, mas onde se concentra o bloco carnavalesco homônimo. 

PS2: Engenho de Dentro Atlético Clube é apenas um dos times do bairro, que já teve o Progresso, Adélia e mesmo um Esporte Clube Vasco da Gama.


Bar Sepulta Carnaval

Café e Bar Diacuí

idem

Café e Bar Ivas do Engenho de Dentro

idem

Café e Bar Mara

nome?


nome?

idem




Tuesday, March 22, 2016

Monumental Painel Azulejar em Todos os Santos



Gosta de azulejos, de paineis de azulejos? Que tal 2520? Ou algo bem próximo a isso, que confesso que perdi a contagem por diversas vezes. 

Obra monumental de 1985, na fachada (já arrojada com seu arco em elipse) da Igreja de Nossa Senhora de Fátima no bairro de Todos os Santos, bairro da última residência do Lima Barreto. Reparem no arco as inicias RTS, aludindo a "Rainha de Todos os Santos".

Painel realizado pelo ateliê Sarasá, de São Paulo, um dos dezessete deste atelier em nossa cidade e, até onde pude apurar, de longe o mais impressionante, seja pelas dimensões seja pela qualidade do trabalho.

 Aliás, a monumentalidade da obra é tal que houve espaço para um monte de informações importantes no canto inferior direito sem poluir o desenho.
 








Friday, March 18, 2016

Como não amar o jambo?



como não amar o jambo
como não deixar-se criança
como não lambuzar a alma
face
o milagre?

como não sentar para ouvir
o barulho das cores quando caem
e assim ganhar
o tempo?

Museu da República - agosto

idem

Penedo - novembro

idem

Museu do Açude - fevereiro

idem

Museu da Casa Brasileira