Lembrar os trinta anos do Concerto para Violino de Philip Glass transcende a mera formalidade da lembrança redonda: foi com esta peça que Glass entrou de vez no mundo das composições sinfônicas (neste 2017chegou à décima-primeira sinfonia, superando, em muito, a maldição da nona). Daí, o esperado (ou devo dizer desculpável) ocorre: boa parte do concerto soa ainda como uma composição operática ou de trilha-sonora. Isso sente-se no primeiro movimento (ecos mesmo do minimalista diehard que ele fora em "Music for twelve parts") e no uso da percussão no terceiro. Já o segundo movimento ecoa Koyaanisqatsi, o que para mim é ótimo.
É este segundo movimento, aliás, a joia da coroa.
Postagem dedicada ao poeta amigo Thiago Ponce de Moraes, que hoje lança Dobres sobre a luz.
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