Tuesday, August 20, 2013

A luz se eterniza ao tocar-te



nunca uma tarde assim tão duradoura
ao mesmo tempo tão breve :: a luz
se eterniza ao tocar-te o corpo e doura
o que de ouro não havia ainda
em teus cabelos : e esta tarde infinda
traz em seu útero bússolas que-
bradas que não apontam pra lugar
algum : a tarde apenas pede que
abracemos a paisagem da janela
uma miragem ao cair do sol
passadas duas semanas a tarde
continua com a mesma luz e susto
e se alguma coisa em meu peito arde
talvez memória :: talvez gozo :: ou fruto

3 comments:

Luiza Machado said...

Eu sou definitivamente sua fã.

Ana said...

Que lindo que ficou este poema.

Marina Costa said...

Meu deus!