Wednesday, August 01, 2012

Leve a Gato Preto



Quando a noite se aninha    continuamos
mudos    não há o que altere o rigor
do silêncio esculpido pelos anos.
Escorre um vazio onde havia amor.
Sem saber preenchê-lo     silenciamos.

Somos nós este abismo    este trescalo,
este frêmito sufocado pelo
orgulho. Quis gritar    agora calo
perante o peso dos perdidos elos.
(Solidão aderida à nossa pele)

A memória dos dias    em retê-la
mais me dói de silêncios o estoque.
Que leve a Gato Preto este Pollock
deixe-me o branco de uma branca tela.


2 comments:

Anonymous said...

... lndo lindo lindo lindo liiiiiiiiindo..........
como pode???
quero pra mim


Virginia Bandeira

Luiza Machado said...

"Escorre um vazio onde havia amor.
Sem saber preenchê-lo silenciamos." - esse verso é estupidamente lindo. Evandro, eu já não tenho mais adjetivos para as suas linhas...