Brincando, direi apenas que senti falta de mais clique (aqui). Afinal, é falado em xhosa ou o quê?
A sério, direi que Inxeba - The Wound (África do Sul, 2017) é um muito bom filme. Os protestos na África do Sul e a consequente proibição em alguns cinemas reforçam a sua importância e, espera-se, atrairão ainda mais atenção. A pseudoargumentação de que a cultura xhosa está mal representada é risível por pelo menos dois fatores: 1) artefatos culturais não têm a obrigação de 'representar' o mundo qual documentários, e como se mesmo estes fossem inteiramente desprovidos de qualquer ideologia. Assim, criticar uma novela da Globo por não 'representar' corretamente o autismo é tão válida quanto criticar Dostoievski por não ter caracterizado com precisão científica o comportamento compulsivo de um jogador compulsivo no romance do mesmo nome; 2) no fundo, esta argumentação deseja esconder, por óbvio, o preconceito contra o amor e o sexo entre indivíduos do mesmo gênero. Homofobia. Algo como dizer que não há homossexuais na Chechênia
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