Wednesday, July 29, 2015

Crónicas Uruguayas III ::: Velhos Bares de Montevideo



Eu já havia lido algo assim, que na capital uruguaia muitos bares estavam preservados não propriamente por uma consciência de patrimônio de seus donos, mas tão-somente porque estes nunca tiveram grana para empreender reformas.

Faz sentido. O próprio Nava, quando tornou-se diretor do SPHAN, percebeu que o proprietário de uma casinha antiga presto substituía as janelas de madeira pelo alumínio tão logo tivesse finanças para isso. E não é? E o próprio escriba deste blog insignificante pouco encontrou de realmente significativo na capital paulista (estamos falando de botequins!, mesmo assim ver aqui, por exemplo) pelo simples fato de a capital paulista ser mais rica que o Rio. Por aqui, a maior parte dos meus achados não se situa na Zona Sul e mesmo nos subúrbios é uma corrida contra o tempo.

Voltemos a Montevideo.

Lá encontrei balcões de mármore, mesas e cadeiras de fórmica, madeira e mármore, geladeiras de madeira, pisos de azulejo hidráulico, pés direitos a rivalizar com o Aconcágua, tudo assim, no centro da cidade, a mancheias. E nem falo do Cafe Brasilero, de 1877, o mais antigo em funcionamento, que este, muito bonito e bem conservado, é um point turístico...sobretudo para... brasileiros (plé). Falo de botequins nada turísticos, pé-sujos onde os macróbios lentamente vertem seus blendados que em suas veias se misturam às águas do Letes.

Disse blendados? Sim, notável que a bebida dileta dos frequentadores não seja cerveja ou vinho, pero whisky! Nenhum single malt, claro, mas notável de qualquer modo... Uma dose de um blendado sai por volta de uns 40 pesos, ao passo que uma pilsen local pequeña sai por 80. Explicado?

By the way, essa história de a galera beber whisky nos botequins bem que me lembrou Goa....

Iberia

Iberia

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Cocktail

Cocktail

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