Toda casa -- casarão, casebre ou casucha -- terá o seu quarto, ou canto, da bagunça. É aquele espaço onde amontoamos o que um dia (**yaaawn**, preguiça) será devidamente ajeitado, catalogado, posto em seus devidos lugares. Um dia, hoje não.
O daqui de casa fica nos fundos. Excavações recentes levadas a cabo por arqueólogos da Universidade de Trípoli atestam que lá funcionavam as tais das "dependências sociais", eufemismo para quarto de empregada. Os moradores anteriores fizeram ótima obra e nos legaram um quarto a mais. A bagunça é, basicamente, minha. Quando vem visita, Bia, rubra de vergonhas, veda a entrada com saibro e cimento.
A foto é recente. Contemplem à esquerda um cachorrinho do Dante, que pifou (o cachorro, não o Dante), pondo-se a latir baixinho infinita e roucamente. Vejam as pastas de onde transbordam provas e exercícios, pedindo arrumação que teria sido feita neste Carnaval. Vejam a velha mochila preta, aposentada por invalidez. E... êpa!, que monte de pelo e dengo é o bicho ali à direita???
Apesar de sutilíssimo, o clique do celular é suficiente para despertar a Isolda, cujas orelhas têm mais terminações nervosas que as de um coelho.
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