Meu texto sobre o Santo Cristo inquietava em mim, mesmo já escrito e postado. Como, aliás, inquietam-me as questões sobre patrimônio. Bem, folheando em casa o belo livro Morro da Conceição - Da Memória o Futuro, comprado, por sinal, na mesma feirinha em que minha mãe arrematou sua fantástica piorra, encontro trecho exemplar, que me acalma, me alegra, me organiza. Diz ele:
"reinscrever o Morro da Conceição na paisagem física e histórica da cidade, sem transformá-lo em um cenário turístico ou em um patrimônio do espetáculo, como a sociedade contemporânea tende a fazê-lo."
Ah, isso sim. Limpar as fachadas azulejadas daquelas pichações porcas, mas não fazer da Zona Portuária um shopping a céu aberto com aquelas lojinhas cheias de bibelôs bonitinhos.
1 comment:
Respondendo à pergunta que me fizeste no meu Literatura & Rio de Janeiro: Fisicamente o morro é um só, mas a parte mais perto da Central onde fica a Favela da Providência é conhecida como Morro da Providência enquanto a parte que resultou do loteamento da antiga chácara é conhecida como Morro do Livramento. Tanto é que existe ligação entre a favela e a parte não favelizada que é a Ladeira do Barroso. Veja no Google Maps.
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