Saturday, February 02, 2019

No meio do caminho havia uma chuva / De ouro


No meio do caminho havia uma chuva
de ouro
nunca me esquecerei deste acontecimento
eu que já tanto esqueço
na vida das rotinas fatigadas
e retinas semicerradas
nunca esquecerei da chuva de ouro
apontando caminhos
eu que me esqueço
no meio da chuva de ouro

Vimos a árvore tão amarela na van a caminho do passeio que nos levaria a Tule e Herve el Agua. Passamos por dois e já no primeiro perguntei ao motorista / guia pelo nome. No segundo, os gringos atrás de nós é que perguntaram, e eu, cheio de empáfias, antecipei a resposta, todo entendido.

No dia seguinte, um dia inteiro para Oaxaca e, na listinha, encontrar as árvores amarelas.

Só depois descobrimos tratar-se de flores alucinógenas e que poeta de nome Thompson escrevera que "the long laburnum drips / Its jocund spilth of fire, its honey of wild flame!", versos que tanto influenciaram Tolkien.

É um pouco como o jambo (aqui) e os ipês (aqui)














No comments: