Gostei muito do texto em que Siddhartha Mukherjee discorre sobre a persistência da esquizofrenia em sua família, fiquei triste (porém gostando muito do texto) com a volta dos confrontos em Moçambique e furioso com o perfil do presidenciável bolsomerda (blergh). A capa, retratando um Michel chegando em casa e sendo idilicamente recebido pela família perfeita, o que inclui, óbvio, a recatada do lar, é perfeita. Mas o que mais gostei mesmo na edição de setembro da Piauí foram os cartuns sutis em preto-e-branco espalhados ao longo da edição.
Essa história de espraiar os cartuns pelas páginas nos faz lembrar as impagáveis 'marginais' que Aragonés fazia para a Mad. O cartunista aqui atende por Tango, nome artístico do chinês Gao Youjun.
Talvez a melhor palavra para definir seu trabalho seja wit, tão Wilde. Há grande ternura aqui, mas também sarcasmo, poesia, sonhos e solidão. Enxergar o que estava ali, escondido. Isso também traz à mente o chapéu do Pequeno Príncipe, que era, em verdade, jiboia a fazer digestão.
Mais do seu trabalho pode ser conferido aqui.