De 35, meu pai é antebellum, ainda que as poucas ru(s)gas e o interlace façam-no parecer bem mais jovem.
Recentemente me segredou que mingau de aveia causa-lhe azias terríves, o que não acontece se cai no mocotó, na rabada, na feijoada. Assim, estando ele de visita ao Rio, convidei-o para um javali no Nova Capela, o que de pronto anuiu.
O javali desceu soberbo, dávamos urras ao Obelix e, inda que eu não chegue à heresia do pai (que disse tê-lo preferido ao cabrito), confesso que, em minha próxima ida a esse templo da gula, meu coração irá balançar: ventrículo esquerdo pedindo pelo cabrito clássico e o direito suspirando pelo pujante javali.
Estivéssemos em 1989, quando Lula era Lula e o PT era PT, agora cantaria, como cantei: "É nós aqui, é java ali, é Lula lá". Mas tantos anos se passaram desde então, né?, uma maioridade, tantas águas rolaram. Da tríade do jingle fico hoje apenas com o nós e o javali, de preferência no Nova Capela a falar de livros e bebendo chope.
3 comments:
E não é que ele comeu javali mesmo?
by the way, o javali é um parente distante do porco, né?
ALTA TRAIÇÃO!!!!!!!!!
E você ainda tem a cara de pau de ser réu confesso.
abraço
Josi, o javali é um primo do porco, eu javalei isso.
Raul, ele é também primo do cabrito. São todos irmãos, em nome de Zeus.
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