Sou um GRANDE apreciador do mellotron, este teclado tão importante para o rock progressivo. Esta da foto é um MkII.
Não são incomuns listas tipo TOP 10 de músicas com mellotron, eu mesmo já fiz a minha há alguns anos. Invariavelmente aparecem “Watcher of the Skies”, “In the Court of the Crimson King”, “Starless”, “Strawberry Fields Forever”, “Rain Song” e, ao menos na minha, “Zarathustra” e trechos do Il Giganti e do Palepoli (Osanna).
Tá certo, tá tudo muito certo. Mas já que, felizmente, o mellotron voltou a cair nas graças das bandas progressivas, creio que está na hora de começar a listar alguns momentos em que ele aparece com destaque na atualidade.
A pequena lista que segue não se quer extensiva muito menos exaustiva. A ideia é pura e simplesmente sinalizar que o mellotron vai muito bem, obrigado, na cena progressiva atual.
Retrospective (2004) – Retroheads (Noruega). Para os amantes do mellotron, a primeira música (“Earthsong”) é prato cheio, transbordante. A sexta também, mas a música em si não chega aos pés. Aliás o disco todo chega a um píncaro logo na ótima primeira música, que então permanece isolada das demais.
En Otra Ciudad (2006) – Bauer (Argentina). No genial primeiro disco, há ondas e ondas de mellotron, mas não é mellotron de verdade e sim “mellotron”, já que sampleado. No segundo disco, que segue caminhos diferentes do primeiro, temos mellotron sem aspas em duas faixas, não por acaso as que mais lembram o Astronauta Olvidado. Destaco o seu uso em “Avanza”, mesmo que ele só apareça no terço final da música. Afinal, não é todo dia que se ouve melltron e banjo juntos!
[blomljud] (2008) – Moon Safari (Suécia). A faixa “Moonwalk” é uma das mais lindas músicas instrumentais do progressivo recente, na mesma linha de “Flora Majora”, do Flower Kings, de quem aliás, eles recebem confessa influência. Cito esta justamente porque aqui o mellotron não é a estrela, a música poderia muito bem existir sem ele, seria ótima. Mas o mellotron torna tudo mais cheio, encorpado, Uma música com mellotron é como um vinho fortificado. =)
La Meccanica Naturale (2004) – Finisterre (Itália). Neste que é meu Finisterre preferido, junto ao maravilhoso In Ogni Luogo, há mellotron em 9 das 10 faixas! Fica difícil destacar uma, mas fico com a “Incipt” final, daquelas grandiosas.
Est (2008) – Direction (Canadá). (O mellotron aqui também é sampleado – o M-Tron – mas fingirei não saber disso....) Este é provavelmente o melhor e mais maduro trabalho desta banda canadense, cujo estilo oscila entre o prog sinfônico e o escarnecido neo-prog. O baterista é um monstro, o tecladista é ótimo, as composições são sólidas e dinâmicas e, last but not least, a última faixa (mui apropriadamente intitulada “Dernière Issue”) é um orgasmo para mellotromaníacos (ele aparece nesta ordem: violinos e orquestra / flauta / coro triplo). No final, ele reina absoluto por mais de 3 minutos. Não tem o rock progressivo o seu quê de litúrgico? Pois isso aqui é para ouvir de joelhos.
Não são incomuns listas tipo TOP 10 de músicas com mellotron, eu mesmo já fiz a minha há alguns anos. Invariavelmente aparecem “Watcher of the Skies”, “In the Court of the Crimson King”, “Starless”, “Strawberry Fields Forever”, “Rain Song” e, ao menos na minha, “Zarathustra” e trechos do Il Giganti e do Palepoli (Osanna).
Tá certo, tá tudo muito certo. Mas já que, felizmente, o mellotron voltou a cair nas graças das bandas progressivas, creio que está na hora de começar a listar alguns momentos em que ele aparece com destaque na atualidade.
A pequena lista que segue não se quer extensiva muito menos exaustiva. A ideia é pura e simplesmente sinalizar que o mellotron vai muito bem, obrigado, na cena progressiva atual.
Retrospective (2004) – Retroheads (Noruega). Para os amantes do mellotron, a primeira música (“Earthsong”) é prato cheio, transbordante. A sexta também, mas a música em si não chega aos pés. Aliás o disco todo chega a um píncaro logo na ótima primeira música, que então permanece isolada das demais.
En Otra Ciudad (2006) – Bauer (Argentina). No genial primeiro disco, há ondas e ondas de mellotron, mas não é mellotron de verdade e sim “mellotron”, já que sampleado. No segundo disco, que segue caminhos diferentes do primeiro, temos mellotron sem aspas em duas faixas, não por acaso as que mais lembram o Astronauta Olvidado. Destaco o seu uso em “Avanza”, mesmo que ele só apareça no terço final da música. Afinal, não é todo dia que se ouve melltron e banjo juntos!
[blomljud] (2008) – Moon Safari (Suécia). A faixa “Moonwalk” é uma das mais lindas músicas instrumentais do progressivo recente, na mesma linha de “Flora Majora”, do Flower Kings, de quem aliás, eles recebem confessa influência. Cito esta justamente porque aqui o mellotron não é a estrela, a música poderia muito bem existir sem ele, seria ótima. Mas o mellotron torna tudo mais cheio, encorpado, Uma música com mellotron é como um vinho fortificado. =)
La Meccanica Naturale (2004) – Finisterre (Itália). Neste que é meu Finisterre preferido, junto ao maravilhoso In Ogni Luogo, há mellotron em 9 das 10 faixas! Fica difícil destacar uma, mas fico com a “Incipt” final, daquelas grandiosas.
Est (2008) – Direction (Canadá). (O mellotron aqui também é sampleado – o M-Tron – mas fingirei não saber disso....) Este é provavelmente o melhor e mais maduro trabalho desta banda canadense, cujo estilo oscila entre o prog sinfônico e o escarnecido neo-prog. O baterista é um monstro, o tecladista é ótimo, as composições são sólidas e dinâmicas e, last but not least, a última faixa (mui apropriadamente intitulada “Dernière Issue”) é um orgasmo para mellotromaníacos (ele aparece nesta ordem: violinos e orquestra / flauta / coro triplo). No final, ele reina absoluto por mais de 3 minutos. Não tem o rock progressivo o seu quê de litúrgico? Pois isso aqui é para ouvir de joelhos.
1 comment:
O tecladista do DIRECTION, Serge Tremblay, foi muito gentil e me forneceu algumas informações por e-mail, que ora divido com vocês:
First of all, thanks to care about our music. The seventies are well behind now and each prog fan is important ! when I look how Rio welcomed Rush a few years ago, prog music seems to be healthy in Brasil. That's great !
To answer your question about our use of the Mellotron: Unfortunatly, Direction doesn't have the chance to own a real Mellotron, they are rather rare and expensive. Also, they are pretty fragile in live situation and heavy. So we choose the easy way to use a virtual one. All mellotrons you hear in our album are classic sounds of the era ( Violins Mk.II, Flutes, and Tripled Choir for example ), but come from a virtual Mellotron which is named the M-Tron by G-Media and is a VST instrument for Steinberg audio platforms like Cubase or Nuendo. The tones are not similar but identical since they are sampled note by note from real vintage Mellotrons. Like a real one, if you hold the note more than 8 seconds, it will stop to play since we reach the end of the tape. Even the defects of the original tapes are there. And what is very cool, you are not limited to 3 sounds. You have all the collection in one machine ! it's very practical.
In our last opus "Dernière Issue": the Mellotron sounds used are in order: Violins Orchestra, Flute and Tripled Choir. The organ tones you can hear come from another virtual instrument, the B-4 by Native instruments. Very very less heavy than a real B-3 !
I've inserted for you some MP3 samples of these Mellotron sounds we've used that you will easily recognize in past classics from Genesis and Beatles. Also, there is a picture of the M-Tron in action.
I hope that I've answered your questions satisfactorily and I wish you a good and sunny day.
Sincerely, Serge. ( the keyboardist )
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