Monday, February 15, 2010

Deu Bode!

No dia 18 de setembro do ano passado, fomos minha irmã Dani e eu ao III Encontro dos Cervejeiros Artesanais do Rio de Janeiro. O evento cresceu um bocado. Desta vez foi na quadra da Estácio. Chegamos antes do começo, já havia uma galera na porta. Poucas horas depois, o lugar estava durinho de gente. A nata dos apreciadores e produtores de cervejas artesanais estava por lá, claro: Mestre Botto, Tatiana e a galera da FemAle, meu amigo catarina Feijão, o grande conhecedor Edu Passareli, até então amigo apenas virtual, e muitos outros.

Pintos no lixo, Dani e eu corríamos pra lá e pra cá, qual crianças no recreio. Já de barriguinhas cheias (de comida também), damos com um pessoal sentado, quietinhos, com a cerveja que fizeram e trouxeram. Provamos, amamos, por lá ficamos sentados um bom pedaço. O fazedor das cervejas atende pelo nome de Daniel Bode, cujo contato ciosamente guardei.

Passados meses, graças ao contato pelo orkut (e tem gente que diz que é besteira... besteira é achar besteira), consigo com ele espécimes recentes de sua produção: duas Rauchbier (cerveja defumada) e uma Trimel, neologismo que ele cunhou para batizar sua tripel com mel.

Ambas as cervejas estavam excelentes, em especial a rauch (na foto, no copo da Gulden Draak). Talvez tenha faltado algum corpo à trimel, mas isto, por outro lado, conferiu-lhe maior drinkability. A rauch estava perfeita, desde a carbonatação até o indefectível sabor com notas de bacon. E olha que de rauch entendo um pouquinho, já estive no berço delas: Bamberg, na Alemanha (tem post aqui no blog a respeito).

Não vou dizer a tolice que normalmente se diz: "Poxa, não ficam nada a dever às cervejas industriais...". ?!?!!? Ora, cerveja artesanal bem feita aqui no Brasil será sempre superior a esses refrescos de cevada cheios de arroz e milho que a mídia nos impinge goela abaixo...

Parabéns, Daniel, pelo excelente trabalho!

5 comments:

Pedro Feijó said...

Não curto cerveja tanto quanto a maioria, mas ainda sim tenho curiosidade pela cultura por trás. As origens europeias da maioria dessas bebidas são sempre fascinantes.

ps: Não sabia que era conosseur de cervejas também.

Unknown said...

Assim todo mundo vai saber que eu gosto pouco de cerveja...
2010 tem mais!!!!

Unknown said...

Hi hi hi adorei!!!!

A VIDA NUMA GOA said...

Daniel me forneceu algumas informações:

"Quanto à trimel, resolvemos fazer uma tripel (meu estilo favorito) em dezembro. Na hora da lavagem do bagaço calculamos a quantidade de água erradamente para mais.

Pretendiamos fazer uns 40 litros de uma tripel bem forte (algo como 1095 de OG oq renderia perto de 10,5% de alcool), pelo erro ficamos com cerca de ~1072 de OG (oq nos rendeu 8,2% de alcool salvo engano).

O estilo tripel, segundo a BJCP teria que ter entre 1075 e 1095 de OG, de fato ficamos abaixo do limiar mas chegamos perto hehehe.

Outro detalhe é que com a litragem extra não tinhamos fermento belga suficiente e tivemos que improvisar 20 litros com uma cepa não tão boa para o estilo (infelizmente como sobraram poucas garrafas a que sobrou e te enviei era desses 20 litros."

Mizumoto said...

Fala cara! Visitei o seu Blog por indicação da minha grande amiga Joyce Nahoum. Ela comentou que você é um "apreciador de cervejas"... Eu também gosto muito de umas cervejas especiais e há mais ou menos 1 ano comecei a estudar o processo de produção artesanal, com 2 amigos. Em agosto do ano passado fizemos a nossa primeira leva, uns 40 litros de Golden Ale. A drikability ficou ótima, no entanto acho que o fermento não era dos mais adequados... Usamos o WB-06, que fez a cerveja me lembrar uma weiss. Depois disso fizemos uma wit bier e uma Dubbel, e estamos com "algo" maturando (eu nem quero falar de estilo até abrir a primeira garrafa rsrs).
Cara, amigo da Joyce é amigo meu fácil, e gostando de cerveja então... Se quiser entrar em contato, meu e-mail é rodrigomizumoto@hotmail.com
Abraço!