Domingo passado teve o 43º Encontro de Folias de Reis em Duas Barras. Simplesmente indescritível. Num país cada vez mais oprimido pelo obscurantismo 'religioso', ver aqueles que fazem da religiosidade um gozo e uma celebração é emocionante.
Cheguei lá graças à Gláucia, que era amiga virtual e que, enfim, se 'realizou'. Muitas coisas em comum: a cultura popular, os azulejos, a luta pela democracia, o Vasco.
Meu amor grande pelas Folias de Reis, que conheci em Flores de Goiás em certo janeiro de 1992. Amor imorredouro.
Que coisa os foliões. Parafraseando a Cecília,
Os foliões maiores não dizem mais.
Sabem que é inútil e exaustivo. Deixam-se estar. Deixam-se estar.
Deixam-se estar ao sol e à chuva, com o mesmo ar de completa coragem,
longe do corpo que fica em qualquer lugar.
Ah! os foliões são um povo que se vai convertendo em pedra
Esse povo é que é o meu.