Wednesday, October 19, 2016

Derkowska me faz esquecer que o húngaro é a língua mais bonita



Emilia Derkowska me faz esquecer que a língua mais bonita do mundo é o húngaro. Os primeiros versos de "Głęboka Rzeka", a beleza indescritível de "Płonę". Existe uma sinceridade tão grande aqui, dir-se-ia uma pureza, que não será difícil para cínicos atacar. Prefiro render-me, tornar-me maniqueísta, ainda que por apenas 67 minutos. Este primeiro disco da banda polonesa Quidam é a reafirmação da esperança, a vitória do Bem sobre o Mal. Para um subestilo do prog que sofre tanto preconceito: este Quidam é a princesse perdue do neoprog.

Não será demais lembrar que eles estiveram por aqui na sétima edição do Rio ArtRock Festival em 2002.

Em lembrança dos 20 anos do lançamento deste capolavoro.


1 comment:

Ivo Korytowski said...

Húngaro é um mistério para mim. Não é latino, não é eslavo, não é anglo-saxônico. Sequer é indo-europeu. É da mesma família do finlandês e estoniano. Vale a pena ler a antologia de contos húngaros do Ronai. E que a prisão do Cunha e de outros políticos e empresários corruptos sirva de divisor de águas, marcando a transição de um Brasil corrupto para um Brasil decente. Oxalá.