Deco ::: Paquetá |
Dia desses encontrei em Paquetá, no Bar Cerqueirão para ser mais sincero e preciso, uma grande pintura a óleo que, à sua maneira, perpetua a tradição de Nilton Bravo, menos pelo estilo do que pelas dimensões, localização espacial e mesmo a assinatura com o telefone. Andando pela ilha vislumbrei rapidamente em um restaurante outras pinturas desse artista.
Se encontrar novas velhas pinturas do Bravo vem-se revelando quase que impossível depois do inventário que fiz aqui, ao menos fica o contentamento de ver vivo o seu legado.
Antigamente os botequins não prescindiam de telas ou afrescos a óleo. Hoje as paredes parecem reservadas quase que exclusivamente para as feiosas geladeiras e cartazes de propagandas. Antigamente os botequins não tinham televisão como têm hoje, de modo que o cliente entorpecido podia perder-se nas paisagens escapistas das pinturas (como 'descrevi' neste soneto aqui). Ou, claro, conversar.
Do pintor Façanha no Flor do Tâmega já escrevi aqui. Da Capela Sistina / Mosteiro de Rila dos botequins cariocas, aqui.
Este post reúne apenas alguns achados que insistem em perpetuar a tradição de Nilton Bravo e, assim, remar contra a uglification of the world.
No botequim em Santos (epa, não é carioca), há mesmo, além da grande tela horizontal, uma outra, de formato quadrado, com temática... de contos de fadas, cousa no mínimo curiosa se lembrarmos que são os botequins universos predominantemente masculinos.
Percebem que no título coloquei 'parte um'. A próxima postagem, já engatilhada, será, à maneira de Rosa, 'parte três', para me obrigar fazer a segunda parte. E oxalá esta postagem tenha ainda muitas e muitas partes.
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