É cousa muito séria passear de carrinho com o Dante no final da tarde, quando sopra brisa amainando o calor. Ainda mais se a agenda me diz que é sábado.
Na semana passada foi assim. E ao Dante e à brisa e à beleza das cores do fim da tarde somava-se minha alegria pelo fato de o Vasco ter garantido seu retorno à Primeira Divisão.
Ontem também foi assim. E ao Dantuca etc somava-se o entusiasmo (en + theos) porque o Vasco fora campeão no dia anterior. E eu estivera lá, debaixo do bandeirão, a foto prova-o.
Onde entra o Midlake nisso tudo?
Porque ao Dante e à brisa e à beleza das cores do fim da tarde e ao entusiasmo com a conquista do Vasco somava-se que eu carregava o Midlake em meus ouvidos. Não o Midlake perfeito e amadurecido do The Trials of Van Occupanther (2006), que revela aonde chega uma banda que enfim descobre sua voz. Refiro-me ao Midlake de "Paper Gown", "Excited but not Enough", "Simple" e "Roller Skate (Farewell June)": vocais distorcidos e torturados à la Thom Yorke, guitarras sujas, bateria incipiente e feroz e ruideira eletrônica. Uma "influência" tão sem-vergonha de Radiohead, que não se pode falar em influência, mas sim em pastiche mesmo.
E que eu amo desmesuradamente e escuto over and over and over.
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