Meu destino era São Severino de Ramos, como que distrito (não é) de Paudalho. Então, depois de conhecer aquele, percebi que dava para conhecer esta, afinal me conduzia taxista paciente.
Eu já pesquisara sobre o patrimônio histórico de Paudalho. Gostei. Mas não esperava fosse encontrar, ao alcance de poucos passos, tanta casa azulejada. Era uma sexta-feira agitada, com filas de carros e pedestres para vacinação, e eu lá, sem roteiro prévio e ao fim, ao que parece, rapidamente capturei o que havia de capturável: nove edificações revestidas de azulejos, alguns raros, incluindo um sobrado e o mercado municipal.
A coincidência, sempre presente, fica por conta do seguinte: animado lá com os achados, pensei 'Caramba, tenho agora que comprar aquele livro sobre azulejaria civil em Pernambuco que deixei passar num sebo de Pinheiros'. Pois bem: ao voltar, comprei o livro, que chegou em dois dias. E em que pesem tantos azulejos maravilhosos em Recife e Olinda, o que está na capa? Justamente as peças que mais me encantaram nesta pequena cidade da Zona da Mata pernambucana. Que visitei meio por acaso, pois meu destino era São Severino de Ramos. Talvez fosse ele já -- o Severino -- operando milagres.
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Dois padrões distintos, exclusivos
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Raros azulejos franceses
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Raros portugueses emolduram linda janela
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Outro padrão raro, só repetido numa casa em Olinda
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Idem. Padrão só repetido em Boa Vista, Recife
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