Como outras coisas boas deste mundo (pense no Álbum Branco, no Yes, Led Zeppelin, Black Sabbath, na Princesa Amarela do John Fahey, na juventude indo às ruas, neste que vos escreve), também o Bar Opus deu o ar de sua graça, e já exalando pernil, em 1968. Em uma cidade que definitivamente não cultua seus botequins tradicionais, ou não haveria tantos defuntos, estar à beira de tornar-se cinquentão é digno de registro.
Porque falar em Opus é falar no sanduíche de pernil preparado ali à vista de todos, e que talvez só encontre rival no Cervantes. Ao contrário deste, o Opus participa feliz do Comida di Buteco, não encontrando revezes em conciliar o dia a dia com o mês especial, mesmo porque o seu petisco para o festival foge ao trivial sem no entanto perder a linha do carro-chefe da casa. Assim que em 2015 tivemos os bolinhos de pernil com pasta de abacate e agora temos os Três Porquinhos, com três variações de carne de porco: torresmo de Barriga, linguiça mineira e pernil com abacaxi. Não dá para saber quem é o Heitor, quem o Cícero, quem o Prático, de modo que se aconselha devorar a todos por igual. Acompanha dose de cachaça, que doei ao flamenguista ao meu lado.
Não bastasse, o Opus inda inventou de agora ter a sua própria cerveja, para quem não quiser ficar no ótimo chope. Só não entendi bem por que uma se chama Pilsen e a outra Lager, quando todos sabemos que a pilsen é um tipo de lager.
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