Enfim assisto ao pequeno documentário de Luiz Alphonsus sobre Nilton Bravo, de 1979. Há anos buscava e consegui agora, na ótima exposição Cartografia Poética, no Espaço Cultural BNDES.
É bem pequeno, mas para mim emocionante: o pintor saindo de casa no Lins com a maleta para trabalhar, em ação no próprio bairro, aliás na rua em que morou, Vilela Tavares, ver pinturas para sempre desaparecidas.
Animamos tanto que, depois de traçar a costela suína no Escondidinho, voamos, Rixa e eu. para o Café e Bar Bigode, na esperança de encontrar o painel que ele pinta no documentário. Descubro que eu já estivera lá: um bar muitissimamente bem preservado, com um balcão de mármore de chorar.
Mas sem o Nilton Bravo, desaparecido sob grosseira mão de tinta azul.
Fomos ver a casa de Nilton, com certo travo amargo no coração, eu duvidando mesmo de Dylan Thomas And death shall have no dominion / Under the windings of the sea / They lying long shall not die windily