Thursday, June 08, 2017

Largo do Poeta ::: Drummond



Bem perto de onde Drummond morou em Copacabana, o Largo do Poeta. Falei deles aqui, do largo e do poeta, mas acabei falando mais do personagem adorável que conheci, o Jorge Scévola.

No Largo, há versos do Carlos nas quatro esquinas, na calçada em pedras portuguesas. São eles: Ó vida futura! Nós te criaremos, de "Mundo Grande"; E agora, José, de "José"; Vontade de cantar. Mas tão absoluta que me calo, repleto, de "Canto Esponjoso" e Toda história é remorso, de "Museu da Inconfidência".

São versos grandes, avessos à fotografia e, assim, tão Drummond. Mas nem critico: fosse eu a escolher o verso a ser imortalizado em pedras portuguesas ("imortalizado", rá!, como se eu não conhecera como é tratado o patrimônio nesta cidade), eu escolheria:"Como esses primitivos que carregam por toda parte o maxilar inferior de seus mortos /assim te levo comigo, tarde de maio", conforme já confessei aqui.






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