Torno a ver a face de Deus, desta feita em Pirenópolis, eu que O vira há quase quatro anos na Igreja de Santo Antônio do Valongo, em Santos (aqui). No interior da Matriz do Rosário que, devastada por incêndio em 2002 (chuif), guarda em sua sacristia como que peças avulsas do que sobrou da tragédia e de outras menores que tanto arrasaram o patrimônio histórico e artístico de Goiás.
Trata-se de pequena peça em madeira, imagem da Santíssima Trindade, a não ser confundida com a Sagrada Família. O Pai, o Filho, o Espírito Santo, o Divino Espírito Santo, de que Pirenópolis (e também Paraty) é tão devota.
Numa provocação sem maldades, indago ao gentil jovem funcionário se aquele é Deus. Ele enrola, se enrola, vem com um discurso teológico para me dizer que é o Pai blablablá. E torno a perguntar 'Então, é Deus, né?", ao que ele, encurralado, aquiesce: "Sim, é Deus".
Por que a hesitação? Sei que representações do Velho Barbudo estão longe de serem comuns, mas há tabu aqui?
Ao contrário do Deus de Santos, o daqui não tem os olhos tristes e cansados como os de boi na chuva.
Também agi de modo diferente: nada de mãos pensas. Fiz uma penca de pedidos e voltei para o delicioso sol de inverno contentíssimo que encontro desses não é toda quarta-feira.
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