Minha ideia inicial era fotografar o Largo do Poeta, ali em Copacabana, perto de onde Drummond morou. Com as fotos iniciaria pequena série lembrando os 30 anos de sua morte -- pequeno projeto que não exclui, enfim, visita a Itabira ainda neste 2017.
Fotografei o "Toda história é remorso" e em seguida o "Ó vida futura! Nós te criaremos". Neste momento somos interrompidos por um senhor de 87 anos que nos pergunta que língua falamos. Se a princípio pensamos que Jorge Scévola de Semenovitch queria ajuda, logo descobrimos que ele queria é ajudar. Ou apenas conversar.
E assim ele nos fala de Drummond, com quem tantas vezes pegou o outrora famoso ônibus camões para ir ao Castelo. E assim ele nos fala do Rei Alberto, sob cujo busto conversávamos, e da Rainha Elizabeth, a rua onde estávamos, mulher do rei, do rei-soldado, e não a homônima britânica, como todos pensam.
Despedimo-nos em russo.
A postagem sobre o Largo do Poeta pode esperar.
Ganhei (perdi) meu dia.
E já não sei se é jogo, ou se poesia.
Camões |
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