Dona Geodara |
Sem ser especialista no assunto, sei que não foi nada fácil a luta para que o queijo do Serro se tornasse patrimônio imaterial, com a preservação de seu ancestral modo de produção.
Bem, mudanças houve. Hoje as antigas formas de madeira, por exemplo, servem apenas como itens decorativos, embora já houvesse fazendeiro dizendo que "O divórcio entre o queijo e a madeira é pecado capital que deve ser redimido". De qualquer modo, há todo um modo de fazer muito peculiar -- a manipulação do leite, a prensagem, o tempo da cura, a adição do pingo -- que resulta num produto, e aqui vem o melhor, presente no cotidiano das famílias serranas, longe de constituir-se em "item folclórico" ou apenas turístico.
E ele está por toda parte: orgulhosamente exposto numa banca de restaurante ou queijaria e não menos orgulhosamente vendido na mala de um carro.
Verdadeiramente um patrimônio. Experimentá-lo in loco com uma cerveja artesanal de Milho Verde ou, quem sabe com um Syrah mineiro, é daquelas experiências de lavar almas. Ou no Café da Praça, ao pé da escadaria da Igreja Santa Rita, no Kibeturuy, um quibe assado recheado com o dito queijo, acompanhado com molho cítrico.
Kibeturuy |
Nossa Ceia de Natal |
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