Para escrever F(r)icções Goesas: Vários Mundos Numa Só Vida, bebi sem moderação em O Pensamento Mestiço, de Serge Gruzinski, de quem usei, abusei e rasurei os conceitos de mestiçagem e hibridismo. Achei que boa parte do que ele escreveu sobre o México, mas não apenas, pois ele vai também aos cinemas de Hong Kong e Peter Greenaway, ao Peru e a Ovídio, se aplicava, mutatis mutandis, a Goa.
A interpretação que o francês fez dos frisos que emolduram as pinturas das sibilas de um dos salões me arrebatou, pela sua inventividade e erudição (andem elas de mãos dadas). Como ele conseguia tirar tanta coisa de uma pintura que nem mesmo é a principal? E se ele faz assim, também quero, e daí desandei a escrever.
O trabalho foi defendido em 2008. Só agora, em 2019, tenho o prazer de conhecer a Casa do Decano e ver, mesmerizado, o macaco, a flor e a centaura.
PS: A casa, a mais antiga da cidade, passou por poucas e boas. Teve suas pinturas cobertas com cal e quase sumiram para sempre quando vendida para a construção de um cinema. De boca em boca, ouvido a ouvido, falou-se qua ali havia patrimônio imenso e, enfim, conseguiram deter a destruição total do espaço. Ao menos as pinturas foram preservadas.
PS: A casa, a mais antiga da cidade, passou por poucas e boas. Teve suas pinturas cobertas com cal e quase sumiram para sempre quando vendida para a construção de um cinema. De boca em boca, ouvido a ouvido, falou-se qua ali havia patrimônio imenso e, enfim, conseguiram deter a destruição total do espaço. Ao menos as pinturas foram preservadas.
No comments:
Post a Comment