Graças ao ISA - Instituto Socioambiental (filie-se!), trouxemos para casa precioso vidrinho de pimenta baniwa, uma pimenta tipo jiquitaia cultivada organicamente pelas mulheres baniwa nas roças e quintais das comunidades do Rio Içana e afluentes, no Amazonas.
Jiquitaia é nome de pequena formiga, cuja picada (dizem) arde horrores. Apropriado, pois. O vidrinho adverte: ALTA PICÂNCIA, de modo que houvemos por bem não pesar a mão ao temperar nossa lagosta-sapateira (cavaquinha), porque vai que depois dá formigamento (com trocadilho), sei lá.
Camila tem mãos e asas de anjo. Manuseou a cavaquinha como se tivesse manuseado cavaquinhas a vida inteira (mas quem a abriu foi o papai aqui), de modo que ela assada ficou simplesmente divina. Evoé, Tupã.
A propósito, a pimenta baniwa e todo o sistema agrícola tradicional do Rio Negro são patrimônio imaterial reconhecidos desde 2010 pelo IPHAN.
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