Ressaltei na postagem anterior (aqui) que o Ondes Martenot foi de todo ignorado pelo movimento progressivo mundo afora. Com exceção, em termos percentuais isso daria zero anyway, do movimento prog em Quebec na primeira metade dos anos 70. Se os compositores eruditos franceses usaram o instrumento inventado por um Professor Girassol francês, nada mais esperado que Quebec fizesse o mesmo. Aquela história: ser mais realista que o rei, mais papista que o papa, já que nem a nata do prog francês usou o misterioso Ondes Martenot.
No progressivo canadense há pelo menos dois registros: a banda one-shot Et cetera (1976) e... o Harmonium! Detalhe: em ambos os casos tocado pela mesma Marie Bernard Pagé, que na primeira banda é integrante (também canta) e, na banda maravilhosa do Serge Fiore, uma convidada.
O que dizer do resultado? No Et cetera, até onde percebi, o Ondes Martenot tem proeminência nas duas últimas faixas. Na última, então, algo como aquele final assombrado e assombroso da "Dancing with the monlit knight". Só que com o Martenot.
Já no Harmonium, neste álbum duplo chamado L'Heptade que perdeu um pouco a mão, aparece em "L'Exil". Sobre uma camada, grossa, de mellotron, Marie toca o Ondes Martenot. Saiu do estúdio e virou a primeira porta à esquerda. Para entrar na História.
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