Se digo a ela que apareceu no momento certo, estou sendo tão clichê quanto cirurgicamente preciso. Por isso, por amor de evitar ser clichê e preciso, tento dizer (que ela apareceu no momento certo) de outras formas, quando meu casamento de quase vinte anos terminou e voltei para o Grajaú, minha pátria desde sempre. Então Camila apareceu, no momento certo.
Entendam que o Dante é filho de pai velho. Filho único de pai velho. Filho único de pai velho e com necessidades especiais (ambiguities allowed). A tendência para superprotegê-lo é imensa. Sempre adorei crianças. Fui professor de pré-escola no Tabladinho por seis anos. A tentação de infantilizá-lo é grande.
Apareceu a Camila, que veio morar conosco no segundo semestre de 2014, depois de um primeiro semestre dificílimo que Dante e eu passamos no pequeno apartamento da minha mãe.
Por ora digo que no início de 2014 Dante era criança que ainda usava fralda e mamadeira. Não dormia nem comia sozinho. Camila mudou isso tudo. Então, sim, em 31 de dezembro de 2014 já não há fraldas ou mamadeiras. O pequeno come e dorme sozinho.
Não que seja fácil a convivência dos dois, mesmo porque não é para ninguém. Em termos de paciência, quando estou contando até dez, ela parou no cinco. E o Dante, garoto esperto, nutre por ela nada secretos ciúmes.
Quando muitos parentes deram e dão as costas para o Dante, Camila veio e aceitou, mais do que aceitou. Não há palavras para isso.
A música é Heather', do nosso Paul.
1 comment:
E como não amar os clichês?
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