De madeira as bodas dos que se convivem há cinco anos. De madeira
nossas bodas de aventura iniciada entre o aniversário da mãe e o do
Dante, para que assim se faça fieira de dias celebráveis (ver aqui).
Mas o legal mesmo foi o Rodrigo Russano ter musicado o poema, escrevendo uma peça para clarineta. E por que clarineta? Ora, porque ela é da família das madeiras. Plé.
Não há muitas peças para clarineta solo por aí. (Há o lindo título das memórias do Érico Veríssimo). Há aquelas três do Stravinsky, de 1919.
Então, quase cem anos depois, a do Rodrigo. Que honra.
https://soundcloud.com/evandro-von-sydow-domingues/para-evandro-e-camila
https://soundcloud.com/evandro-von-sydow-domingues/para-evandro-e-camila
POEMA PARA UMA TÁBUA DE MADEIRA E SEUS VEIOS
amassa o pão
com suas mãos, aves
mas como dizer a massa
como dizer os dias
como lembrar o corpo
se ela em tudo amor destila?
quando a vida me foi cerol e cacos
Camila veio
(e tão sussurro foi
o meu chamar
que ela veio)
vestida de água doce
vem, repousa o
pão sobre os veios desta tábua velha
aqui
comemos hoje
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