Lançado em 1974, Phaedra dará início ao que muitos, eu incluso, consideram a fase áurea do Tangerine Dream. As asperezas, no caso aqui entendidas como trilha-sonora para a imutabilidade do nirvana de Sidarta, de um Atem e um Zeit foram ultrapassadas, sem que isso signifique a Tangerina fazendo pastiche de si mesma em infindáveis trilhas-sonoras. Seguiriam ao Phaedra, pois, Rubycon, Stratosfear, Cyclone e Force Majeure. Uma Royal Flush, hein? E ainda incluo, sem favores, os três seguintes Tangram, Exit e White Eagle neste rol de obras-primas.
Eu ouvia muito isso aqui no escuro em um quarto ensopado de incenso. Eu adolescente yogue tentando meditar à espera de uma iluminação que não veio. Hoje que já consigo discernir alguns timbres de teclado, não posso reescutar o álbum sem ficar absurdado com a quantidade generosa de Mellotron utilizada. Explico: se hoje vibro com qualquer dez segundos de Mellotron em uma música (em todo o Snow do Spock's Beard, por exempo, há um único trecho que não dura muito mais que isso e já me deixa feliz), o que dizer da "Mysterious Semblance At The Strand Of Nightmares", toda ela praticamente um solo de 16 minutos de Mellotron do Edgar Froese? O Tron, by the way, já anuncia o banquete nos dois minutos finais da faixa-título.
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