Thursday, April 20, 2017

Affonso, Marina, eu



Tomando cerveja numa tarde em Nova Friburgo, achei ter visto o casal Affonso Romano de Sant'Anna e Marina Colasanti numa mesa próxima. Hesitei se seriam eles, eu que já bebera as razoáveis Bad Moose e Balsa e iria ainda pedir a ótima Basement. Perguntei à garçonete que, estranhamente, tampouco teve certeza. Depois da Basement, achei que devia levantar e ter com eles, o que fiz. Foram de simpatia absurda, convidando-me que sentasse. Conversamos um bocado, de coisas novas e velhas, e ficou a ideia de uma visita ao apartamento da Nascimento Silva 7, onde falaríamos de poesia e elizete e pivetes e garçonetes.

A visita aconteceu, a Marina estava para Belo Horizonte, o Affonso me mostrou a biblioteca, exaltou Juiz de Fora, me mostrou a cobertura do Rubem Braga.

Alguns dias depois deixei na portaria O Imaginário a Dois, que o casal lançou em 1987, com ilustrações do Augusto Rodrigues. Eu queria um autógrafo dos dois, justo no livro publicado juntos, que eu gosto dessas coisas.

Isso foi no final de 2013. No começo de 2014 ainda trocávamos e-mails assim:

Olá, Affonso, semana que vem darei um pulinho na Bulgária com a namorada. Ao voltar (comecinho de fevereiro), te escrevo.

E ele responde : gostei dessa viagem. Dê noticias na volta, ars

Então perdemos o contato. Não culpem a Bulgária. De qualquer modo, peguei o livro hoje, agora um tesouro.




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