Bar Big - Praça Seca |
Há quem pregue o fim do Carioca, talvez o fim de todos os estaduais, por razões as mais diversas. Fala-se em prejuízos, desmotivação, estádios vazios, violência, erros de arbitragem. Não é pouco. Bem, se fosse para acabar com um campeonato por causa de erros de arbitragem, aí já não teríamos nem copas do mundo, onde, supostamente, encontram-se os melhores juízes e bandeirinhas.
Concordo que os regulamentos podem ser bem esquisitos. O deste ano é particularmente sem sentido: um time pode conquistar os dois turnos e ainda assim terá que disputar um quadrangular final. Nem Kafka.
Mas o futebol é teimoso, insiste em surpreender também com coisas boas.
Esse lençol de Gilberto sobre Diego é dessas.
A reparar que a jogada reúne o que Italo Calvino propôs para este terceiro milênio : leveza, rapidez, exatidão, visibilidade, multiplicidade, consistência.
Reparar também a alegria dos torcedores, como se fora um gol. Aliás, foi. Não houve empate.
PS: O título deste texto roubei-o ao ótimo "Uma bicicleta no cair da tarde', do Luiz Antonio Simas.
1 comment:
Rapaz, eu estava em um bar com a impressão que só eu olhava para a tela. A maioria estava conversando, olhando o celular e outras atitudes pós-modernas. O único momento em que todos pararam para ver a tv foi na repetição da cena. Estamos salvos pela poesia. Ainda.
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