Chovia muito em Valença e já não havia quem me levasse à Serra da Beleza. Tentei um, dois, três taxistas e, quando ia desistir, o quarto só perguntou se era pra agora. Era.
E assim chegamos debaixo de muita água às terras que desde 30 de abril de 2015 pertencem oficialmente aos quilombolas descendentes do casal Tertuliano e Miquelina, escravos do português José Gonçalves Roxo, que, na segunda metade do século XIX, tiveram os filhos Dionísio, João, Maria, Geraldo e Vitalina.
Não se sabe se Tertuliano e Miquelina nasceram no Brasil ou na África (seriam angolas?, benguelas?, congos?, cabindas?, moçambiques?, quelimanes?), mas sabemos que todas as famílias que hoje habitam o Quilombo São José descendem do casal. De qualquer modo, é claro que as raízes dessa história encontram-se no outro lado do Atlântico. E o enorme mítico jequitibá simboliza isso. E algo mais.
Eu e meu taxista Sidnei chegamos, pois, sob muita chuva. Quando percebemos estávamos já abrigados na casa da Luzia tomando café com o pão caseiro. Foi o suficiente pra estiar um pedaço.
Tia Tetê |
Maria do Carmo cuida da capela de São José Operário |
1 comment:
Bonita série de fotografias preto-e-branco...
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