Não é porque Camila faz um lássi de manga que é qualquer coisa de víshnico que na Índia iríamos passar sem eles, muito pelo contrário. Tomamos quase todos os que vimos pela frente, principalmente porque a oferta de cerveja, ao contrário de Goa, é muitas vezes difícil. (E depois também porque a delhi-belly atacou e tive que maneirar nas Kingfishers.)
Quase todos provados foram bons ou ótimos. Faltava o de Varanasi, onde dispensamos o bhang (uma espécie de lássi de cannabis) mas não os do mítico Blue Lassi, apenas uma portinha com poucos lugares no labirinto da cidade velha. Funciona ali há 70 anos e hoje é o neto do primeiro dono, uma reencarnação de George e Ringo de 67, que os preparara à vista de todos.
O Blue Lassi fica bem no caminho do Manikarnika Ghat, o principal ponto de cremação do Ganges. Quem é cremado ali, acredita-se, liberta-se para sempre da terrível roda de nascimento e morte. Assim, assiste-se à passagem ruidosa de vários pequenos cortejos funerários enquanto se toma o delicioso lássi de mirtilo com banana.
O cardápio é extenso, então por que iria eu querer me livrar da samsara, a terrível roda de renascimentos e mortes? Quero mais é voltar muitas vezes para poder provar todos.
no cantinho esquerdo, a prova de que estivemos |
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