Tuesday, September 06, 2016

Um é o Número Mais Solitário


Geralmente faz-se trilha-sonora para um filme, mas com a obra-prima Magnólia (1999), de Paul Thomas Anderson foi o contrário: ele fez o filme para as canções de Aimee Mann. Em especial "Deathly", com os versos perturbadores : "Now that I've met you / Would you object to / Never seeing each other again"

Isso me lembra Faulkner que tinha uma cena em mente -- crianças do lado de fora de casa espiando o velório da avó, a menina com a calcinha suja de lama das brincadeiras do dia -- e daí ele nos sai com The Sound and the Fury.

É justo, portanto, que a trilha-sonora de Magnólia seja quase que o segundo álbum de Aimee, após hiato de quatro anos.


O filme abre com "One", canção original de Harry Nilsson, aqui quase um tributo a ele (desde o "Ok, Mr. Mix"), aqui sua versão definitiva. E que venham outras.


Harry Nilsson gravou-a em 1968, ela tornou-se famosa no ano seguinte na versão do Three Dog Night. Trinta anos depois veio a Aimee absurdamente cool.







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