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Lins |
Pegando a cola do álbum 'Azul' do Helion Povoa Neto (
aqui), dei uma olhada nas pastas aqui do pc e fiz pequena seleta azul de minhas andanças pela Zona Norte da cidade. Tentei evitar muito céu senão fica fácil demais. Ficou ainda muita coisa de fora. Como bônus, dois sonetos do desmantelo azul, o do Carlos Pena Filho e o que escrevi em diálogo.
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Abolição |
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Andaraí |
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Benfica |
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Benfica |
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Caju |
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Caju |
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Catumbi |
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Cavalcanti |
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Engenho de Dentro |
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Engenho Novo |
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Estácio |
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Grajaú |
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Honório Gurgel |
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Ilha do Governador |
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Madureira |
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Madureira |
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Marechal Hermes |
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Maria da Graça |
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Olaria |
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Penha |
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Penha |
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Ramos |
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Rio Comprido |
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Rocha Miranda |
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São Cristóvão |
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Tijuca |
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Todos os Santos |
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Vaz Lobo |
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Vila da Penha |
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Vila Isabel |
SONETOS DO DESMANTELO AZUL
Então, pintei de azul os meus sapatos
por não poder de azul pintar as ruas,
depois, vesti meus gestos insensatos
e colori as minhas mãos e as tuas.
Para extinguir em nós o azul ausente
e aprisionar no azul as coisas gratas,
enfim, nós derramamos simplesmente
azul sobre os vestidos e as gravatas.
E afogados em nós, nem nos lembramos
que no excesso que havia em nosso espaço
pudesse haver de azul também cansaço.
E perdidos de azul nos contemplamos
e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul. Azul.
PS: Também escrevi soneto do demantelo azul ::
O Soneto do Desmantelo Azul
do Carlos Pena Filho é genial.
Sem talento para fazer igual
agarro-me ao céu. Mantê-lo azul
nestas retinas (antes tê-lo azul):
o que tentarei; depois, afinal,
às páginas de sangue do jornal
eu verterei este furtado azul.
Toma este poema com um grão de sal
perdoa o que tem ele de taful
mais um terceto já é o final.
Do soneto chegamos ao sul
Desfaz a cara feia, nada mal,
pra quem acordou se sentindo blue.
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