Dialogando com a linda "A Mão do Povo Brasileiro", o MASP monta "Portinari Popular", imperdível antologia do mestre de Brodowski, de que o museu possui 18 obras em seu acervo. Esta é, aliás, a 12a exposição de Cândido no MASP desde 1948.
Portinari pintou muitos retratos da elite brasileira. Encomendavam, pagavam, ele fazia. Aqui não há nenhum. Há o do Mário de Andrade, mas Mário não é elite, ao menos não naquela acepção feia de grupo arrogante que não quer ter nada a ver com nossa gente.
Citando o texto de apresentação : "Por que Portinari popular hoje? Ainda padecemos de uma representação
precária e preconceituosa dos sujeitos e das culturas africanas,
indígenas e populares na mídia, na política, na sociedade e também na
arte. É preciso aprofundar a reflexão sobre essas estratégias de
representação, algo que a obra do artista antecipa, daí sua urgência e
relevância."
Eu me emocionei muito, e bem antes de chegar aos Retirantes.
Aqui me foquei nos pés.
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