Mas não tem manobrista. Que os motorizados que não dispensam o mimo saibam de antemão. Não tem porteiro nem maître e, pra falar a verdade, não tem garçom: você que pega o copo, escolhe a cerveja (a parte mais difícil) e se serve. Comida tem. Self-service, claro, mas sem balança: o preço do prato de ótimos quitutes e ao menos um pièce de résistance é fixo.
O que tem mesmo é cerveja, dezenas, centenas de garrafas. Vi muitas Heinekens por lá, mas pra que uma breja do botequim do Zé se você tem ali dezenas de cervejas especiais sazonais artesanais caserais e outros que tais? Agarrando-me à ideia de que cerveja é pão, quanto mais perto da padaria melhor, ative-me às da região, com breve inclusão de uma curitibana.
O ambiente é dos sonhos: o piso de azulejo hidráulico, o balcão de madeira antigo, a registradora vetusta, a longa mesa comunal. Para os amantes de breweriana, um paraíso.
O endereço é secreto. Tem apenas um pequeno discreto nomezinho na porta. Não se pode ir lá assim. Tem que ser amigo, ou convidado por um. Aquela sociedade secreta de Eyes Wide Shut? Algo assim. Mas a orgia aqui se limita aos maltes, lúpulos e fermentos.
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