Friday, September 26, 2014

Pastel de Tamarindo com Catupiri (No Centenário do Grajaú)



Ainda no bojo das comemorações do centenário do Grajaú, enchi-me de coragem para fazer um pastel com um dos símbolos do bairro: o tamarindo (sobre o que já escrevi aqui).

Não se faz omelete sem quebrar ovos, não se faz pastel de tamarindo com catupiri sem colher o fruto. Passeio pelas aleias do bairro, em vão. Os poucos caídos no chão estão machucados imprestáveis, algum early bird fizera a colheita antes de mim. Vou à feira de sexta. Perguntar por tamarindo sob as tamarindeiras será como pedir pelo mar em Jericoacoara. À pergunta, os feirantes devolvem olhares incrédulos, giram os olhos (um dos gestos máximos de desprezo) e olham para as árvores. Explico e tal, mas tamarindo que é bom, nada. Avalio o que perco e sigo vagoroso, de mãos pensas.

Mas enfim consigo, ainda neste 2014. 

O tamarindo resiste ao descascar. Resiste ainda a que eu possa dele extrair quantia razoável. Esforço. Com o que tenho, sentindo-me Bocuse, faço uma redução, pra lá de mixuruca.

Enfim consigo e estamos ainda no sábado. À pasta de tamarindo junto no pastel catupiri e a pimenta com mel que trouxe do Capão.

O resultado final é pouco acima do sofrível.





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