Então os escoceses continuam britânicos? Let it be. Eu já tinha até separado meu dram de Caol Illa e o CD do String Driven Thing para a comemoração e o pior / melhor é que coisas assim não ficam para outro dia.
Meu livro sobre rock progressivo (com lançamento previsto para a próxima encarnação) terá capítulo sobre essa baboseira de achar que o progressivo se limita a musiquinhas de duendes e fadas. Das muitas bandas que poderiam ser usadas para exemplificar, ficarei com a mais conhecida Van der Graaf Generator e a obscura escocesa String Driven Thing.
Como já disse a respeito do CAN (aqui), cuidado, aproxime-se com cautela. No caso dos alemães porque se pode terminar a audição em transe hipnótico tomando parte de unspeakable rites no coração das trevas. No caso dos escoceses, tenha sempre ao lado uma caixa de Prozac. Ou sua garrafa de Caol Illa.
Porque os caras pegam pesado. Este álbum, o melhor da carreira, abre com a inquietante "Heartfeeder" a nos berrar nos ouvidos "Feel the pain" e fecha com a soberba e não menos angustiante "River of Sleep". Na época do vinil a faixa tripartite de 11 minutos foi mutilada para os seus 4 minutos finais. Ou seja, outra música. Foi preciso que 30 anos passassem para que o mundo conhecesse essa obra-prima do rock progressivo, algo semelhante ao que se deu com o Campo di Marte (aqui).
Juntar VdGG e SDT em um capítulo é afinal mais que natural. O responsável pelo soberbo violino da banda escocesa é o Grahame Smith que, como sabemos, se juntaria ao Peter no Van der Graaf.
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