Num mundo que prescinde de poesia e de poesias, publicar livro com elas resume-se amiúde ao puro ato de vaidade de ver o seu nome estampado na capa, de ter a noite de lançamento e medir com o rabo do olho o tamanho da fila de autógrafos.
Tudo tudo vaidade e que proveito tem o poeta do trabalho feito sob o sol, se bem que há também, para alguns, e sou um destes, o prazer da artesania de se fazer o livro, de acompanhar o processo que seja.
O livro ninguém lê, ainda mais agora que os poemas estão de grátis no blogue. Compra-se o livro por piedade.
Mas sempre há aquela exceção. E aquela que se lembra do livro na hora de fazer questão escolar. Como eu já conhecia a pequena Ester, sobrinha da colega e amiga Raquel, asseguro-me de que não houve aqui escolarização da leitura. Ela realmente gostou do livro e tudo foi tão espontâneo e bonito. E meu dia fica ganho, fico rico com literatura, como já ficara aqui com o desenho da Duda e fique a FLIP para quem precisa de FLIP.
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