Friday, August 17, 2018

Risoto(s) de Quinoa ::: Crônicas Peruanas VIII


Inventamos a tradição de, chegados de viagem, fazermos espécie de Oscar: melhor hotel, melhor café, melhor refeição, melhor isso, melhor aquilo. É sempre uma maneira de lembrar e registrar. Pois que, ainda durante a viagem, em Águas Calientes, que para a grande maioria é apenas inevitável e insossa parada rumo a Machu Picchu e para nós foi mais do que isso, jantávamos no Mapacho (onde aconteceu este milagre aqui) e Camila já sentenciou: Esta é a refeição da viagem. 

Tratava-se de um risoto de quinoa com cogumelos. Por risoto aqui, entenda-se a catacrese, não é arroz com quinoa, é ela mesma que faz as vezes de arroz. O risoto da Camila estava milagroso. A noite cálida, a IPA andina maravilhosa. Voltamos na noite seguinte, antes do trem para Ollantaytambo. Depois, neste povoado inca, Camila pediria também o risoto de quinoa, desta feita com alpaca.

Gostamos, percebe-se.

E foi chegar, desfazer malas e começar nossas experimentações com o grão, o grão de ouro, tão amado pelos peruanos que está no pavilhão nacional. No Dia dos Pais fizemos um com camarão, ají e cogumelo sujo. Hoje fizemos risoto de quinoas (da branca, da vermelha e da negra) com porquinho e ají.



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