Camila viajando para Nova York pensei em pedir o usual Islay, um Speyside, quem sabe um Islay raro. Depois, on a second thought, pensei 'bobage, sendo New York um dos centros do mundo, minha chance de pedir um indiano (ver aqui), talvez revisitar um belga (aqui)'. Ainda bem foram pensamentos desprovidos de ações. Porque, num third and final thought, atinei... quem sabe um whiskey americano?
Negócio é que sempre desprezei bourbon e não estava a fim de romper com isso. Não quero saber de milho em minha cerveja, muito menos em meu whisk(e)y. Mas aí é que optei por um single malte norte-americano (sim, isso existe!) e isso materializou-se no Hillrock, adquirido pela moça na fantástica Astor.
A destilaria de Hillrock fica a umas duas horas ao norte de Nova York. O mestre de lá é o Dave Pickerell, que trabalhou na Maker's Mark por muitos anos. A parada é tão artesanal (ou ao menos, rararará, quer se passar por) que cada garrafa é numerada e assinada por ele. A minha é do barril HS-4.
Tal artesania faria com que cada garrafa, ou ao menos cada barril, tivesse uma expressão diferente, de vez que, fato, foram expostas à turfa por tempos diferentes....
Gosto dessas coisas. Mas não senti nadica de turfa na minha linda garrafinha.... Será que foi o lote de menor exposição? Até aí, tudo bem, pois eu não estava mesmo atrás de turfa ou teria pedido um Islay.
No nariz, couro, couro molhado e grama, molhada. Algum efeito madeleine aqui me trouxe à memória o campo do América, quando havia campo do América em Vila Isabel.
Na boca, ele é suave, mas com um sabor forte de pimenta. Pimenta branca, pimenta-rosa. Pode até enjoar um pouco, mas a experiência geral é muito boa.
PS: Ah, e aquele outro whiskey transparente na foto? Numa garrafa que parece um vidro de maionese?
Fica para a próxima.
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