|
Tijuca |
Há quase um ano escrevi sobre Celino, pintor de azulejos,
aqui. Nestes dez meses novas ótimas descobertas.
Em Vila Isabel um pequeno painel de temática religiosa : 12 azulejos de cores muito vivas e singela moldura de pastilhas. No Lins um painel maior, de 35 peças, com a habitual e pitoresca paisagem de gosto escapista, tão comum também nos Irmãos
Igrejas. Tudo indica que pertencia a uma casa recentemente posta abaixo. Oxalá o espigão ao menos mantenha o painel.
E a coisa só melhora: em manhã de frustração (sobre a qual escrevi
aqui), descobri na Tijuca (ou Vila Isabel ou Aldeia Campista que ali nem os moradores precisam o que é) dois pequenos painéis que fogem às habituais temáticas religiosas ou paisagísticas: um de peixes e outros seres do mar e o segundo uma paisagem sim, porém inglesa, com seu indefectível
cottage / inn de
thatched roof (não dá para traduzir por casinha de sapê). Celino revela aqui técnica para além do naïf, na palheta de cores e no uso do pontilhismo. Duas pequenas joias, insolitamente emolduradas por pedras São Tomé.
E, por fim, um imenso painel no edifício Monterey, no Flamengo de quase mil peças. Tudo é incomum: a dimensão, o uso exclusivo da cor ocre, a temática (algo como as maravilhas do progresso) e mesmo a localização. Não se espera um painel desses em uma prédio de apartamentos. Lamentável apenas o esforço dos condôminos em obstruir a visão.
De quebra, segue um painel de Paquetá. Não está assinado, mas com jeito de Celino.
|
Vila |
|
Lins |
|
Tijuca |
|
Flamengo | | | | |
|
Paquetá |
No comments:
Post a Comment