Friday, May 06, 2016

Celino, Pintor de Azulejos II

Tijuca


Há quase um ano escrevi sobre Celino, pintor de azulejos, aqui. Nestes dez meses novas ótimas descobertas.

Em Vila Isabel um pequeno painel de temática religiosa : 12 azulejos de cores muito vivas e singela moldura de pastilhas. No Lins um painel maior, de 35 peças, com a habitual e pitoresca paisagem de gosto escapista, tão comum também nos Irmãos Igrejas. Tudo indica que pertencia a uma casa recentemente posta abaixo. Oxalá o espigão ao menos mantenha o painel.

E a coisa só melhora: em manhã de frustração (sobre a qual escrevi aqui), descobri na Tijuca (ou Vila Isabel ou Aldeia Campista que ali nem os moradores precisam o que é) dois pequenos painéis que fogem às habituais temáticas religiosas ou paisagísticas: um de peixes e outros seres do mar e o segundo uma paisagem sim, porém inglesa, com seu indefectível cottage / inn de thatched roof (não dá para traduzir por casinha de sapê). Celino revela aqui técnica para além do naïf, na palheta de cores e no uso do pontilhismo. Duas pequenas joias, insolitamente emolduradas por pedras São Tomé.

E, por fim, um imenso painel no edifício Monterey, no Flamengo de quase mil peças. Tudo é incomum: a dimensão, o uso exclusivo da cor ocre, a temática (algo como as maravilhas do progresso) e mesmo a localização. Não se espera um painel desses em uma prédio de apartamentos. Lamentável apenas o esforço dos condôminos em obstruir a visão. 

De quebra, segue um painel de Paquetá. Não está assinado, mas com jeito de Celino.

Vila

Lins

Tijuca

Flamengo
Paquetá

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