Friday, February 20, 2015

Crônicas Turcas V ::: Vinhos



No queijos e vinhos do quarto do hotel desarrolhamos um Boğazkere comprado em mercadinho de Sultanahmet a preço de mercadinho. O nome, como todos o sabemos, literalmente significa queima-garganta, mas nem. Acompanhou muito bem nosso queijo de cabra, nosso pão.

Eestudos de ampelografia estimam as varietais turcas nativas entre 600 e 1200, algo verdadeiramente assombroso. Dessas, não chegam a 60 as uvas utilizadas atualmente para o fabrico de vinhos. O que ainda é assombroso. Quem aí, não sendo um grande especialista, consegue nomear assim 60 varietais do mundo inteiro? De modo que defendo o que defendi na Bulgária (aqui) e defenderei na Romênia : pedir em Istambul um cabernet ou um riesling seria como ir a uma loja de CDs em Istambul para comprar o último da Madonna ou procurar na cidade um Mc Donalds (que infelizmente há) para um Big Mac.

Se bem que. Para os de fato especialistas, e não apenas românticos como eu, provar o que é um cabernet turco pode ter lá o seu interesse. Ou existe terroir ou não. By the way, ouvi do dono / gerente / garçom do The Old Ottoman que o melhor Shiraz do mundo é feito na Anatólia. Conferi e vi que ele não blefava. De qualquer modo, preferi ater-me às varietais que obviamente só beberia por lá e assim fomos de Boğazkere, Öküzgözü, Çal Karasi, maravilhosas companhias para a tábua de mezes.



Freeshop. Reparar a mesmice

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