Thursday, February 12, 2015

Crônicas Romenas III ::: As Colheres de Pau




A oficina de Mark Tudose fica nos fundos da loja de artesanato, que por sua vez ocupa um aposento na casa onde nasceu o infame Vlad Tepes (com quem a Romênia atual mantém ambígua relação). Tal localização, contudo, não faz do lindo espaço uma loja de souvenir ordinária como as que vendem canecas e ímãs e pôsteres e camisas e cuecas do Vlad. Aqui procura-se contar as histórias por detrás das peças.

O artesão Mark faz colheres de madeira, ofício aprendido com o avô. Enquanto fala da exposição que prepara com peças suas e do nonno, vai contando dos símbolos talhados na tília. Sóis, luas, água, terra, cobras, casas, cegonhas, galos. Na simbologia da Transilvânia a cegonha simboliza boa sorte. Casa sobre a qual ela faz ninho não pega fogo e nem entra ladrão. O galo anuncia um novo dia. O outro nome disso é esperança. É o galo que trago para morar no Grajaú.

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