Dante ganhou autógrafo do Ian Anderson na nossa edição remasterizada do Stand Up, o clássico segundo álbum do Jethro Tull.
Faz sentido este seja o primeiro disco do Jethro do Dante, já que foi o meu primeiro, comprado em 1982. Lembro-me de que fôramos à feira hippie de Ipanema, eu, o André, o Renato, o Ronaldo naquela manhã de domingo. Comprei um cinto boliviano que o Renato já tinha. Depois fomos todos lanchar no McDonald's. Vejam quão fake eram os hippies tardios daquela época.
Não recordo se antes ou depois do Big Mac entramos em loja de discos (sim, as havia). Era manhã de domingo, mas a loja estava aberta, talvez por causa da feira, talvez porque o Stand Up esperasse por mim.
Depois fomos eu e André pro almoço na casa da vó: Dia das Mães. E a última música do disco é a "For a thousand mothers".
Stand Up calou fundo naquele garoto confuso que se buscava agora que o mundo se abria. Se ele tivesse uma banda (e teve, ou não), seria assim que ele queria que soasse. Lembrança: a mãe nervosa chamando-o para o colégio (ela dava carona) e ele perdido no meio do quarto ouvindo pela undécima vez as três últimas canções, "We used to know" ::: "Reasons for waiting" ::: "For a thousand mothers".
(A mãe, uma das milhares, mal sabia que o filho tinha motivos para fazê-la esperar. Sabíamos disso. E talvez estivesse ali o princípio da minha vida. Mas isso eu ainda não sabia)
1 comment:
"Stand Up calou fundo naquele garoto confuso que se buscava agora que o mundo se abria."
E Aqualung... e Thick as a Brick... Me sinto com sorte de ter descoberto Tull quando descobri. Parece que é mesmo feito para se conhecer no meio da adolescência, estupefar-se, e carregar no peito daí em diante.
Agora sim ;)
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