Outro dia Dani e eu pusemo-nos a examinar minha pequena coleção de livros de risoto. Paixão. A coleção e o objeto desta. Porém, logo descobrimos falta grave: em todos os belos livros não havia um único risoto de polvo. Um único!
Melhor do que gastar precioso tempo escrevendo e-mails para autores e editoras foi descer ao mercado, comprar polvo, arroz carnaroli e, de quebra, piranha para o caldo.
Risoto é meu prato perferido, de fazer e de comer. Mas assistir à desenvoltura da mana com as panelas é algo fora do normal. Nada de socar o bicho, nada de panela de pressão. Uma boa fervura em mãos carinhosas deixa o bicho mais macio que bife kobe.
Na hora H, a dúvida: risoto de ou com polvo? Risoto de! Então é jogar o octopus na panela, sem parar de mexer, sem parar de verter caldo de piranha, sem parar de bebericar o Dalmore, para o esplêndido resultado final.
Não é que tenha ficado bom. É ter a certeza de que o polvo nasceu para o risoto. E vice-versa.
E comemos ao som de "Octopus's Garden".
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