Sunday, April 18, 2021

Deixa que eu Faço a Capa Também!

 


Contra aqueles que queiram ver aqui narcisismo do artista que quer ocupar todos os espaços, prefiro olhar mais generoso, algo como, relevem o exagero, Leonardo da Vinci, artista total.

Aliás, se não me falha a memória (cousa frequente), acho que Susan Sontag viu em Lennon esse artista pós-moderno, que joga nas 11: compõe, toca, canta, atua em filmes, pinta, faz performances.

(E talvez nem narcisismo nem artista total, mas... economia. John Entwistle falou que a capa de Quadrophenia custou 16 mil libras, o preço de uma casinha na época, enquanto o seu desenho para o Who by Numbers ficou por 32 libras. Que ninguém lhe pagou)

Minha proposta aqui é modesta, apenas juntar algumas capas feitas pelo próprio músico ou, no caso de banda, por um de seus integrantes.

Joni Mitchell é um caso especial, tendo feito a arte de mais de uma dezena de seus álbuns. E feito tão lindamente, que chegou a contribuir para outros: é dela a capa So Far (1974), coletânea de Crosby, Stills, Nash & Young.

No campo do progressivo, os poucos exemplo são significativos no que temos dois membros da banda fazendo a arte. Na obra-prima First Utterance, do Comus, o líder Roger Wootton pinta capa e contacapa, enquanto a arte interna é do guitarrista Glenn Goring. Em Landscape of Life, do Osanna, a capa coube ao baterista Massimo Guarino, e a arte interna ao vocalista / guitarrista Lino Vairetti.

 

  1969


 

 Self Portrait, Bob Dylan, 1970

 

    1970


    Teaser and the firecat, Cat Stevens, 1971


    1974

    John Entwistle, 1975

    Jerry Garcia, 1991

Progressivos ::

    Roger Wootton, 1971




    Glenn Goring, 1971

    Massimo Guarino, 1974



    Lino Vairetti, 1974

   Roine Stolt, 1975

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